Musicoterapia

A música é algo que dificilmente deixa os humanos indiferentes. Até os bebés vibram com a música! A música transmite-nos várias sensações.

Então, e se a usasse-mos para melhorar a qualidade de vida?

Muita gente não sabe, mas a música, também é usada com objetivos terapêuticos (musicoterapia), que utiliza sons, ritmos e harmonias para trabalhar a comunicação e a expressão, a timidez, a coordenação motora e até mesmo para tratar o stress, depressão, distúrbios do sono, da fala e de pacientes psicóticos.

A musicoterapia consiste na execução de vários instrumentos, que são utilizados de acordo com a necessidade de cada tratamento. "O trabalho está fundamentado no chamado ‘ouvir ativo’, apesar de o núcleo da terapia ser o de tocar os instrumentos. Mas também não é necessário que o paciente saiba tocar um instrumento. O importante não é o senso estético da música e sim, o processo e o esforço para conseguir um movimento".

O fazer musical compreende a escuta, o canto, a execução de instrumentos, a movimentação corporal, entre diversas outras atividades, que envolvem o som e o movimento. "Tudo isso é feito num ambiente propício, chamado de ‘setting terapêutico’. O objetivo é facilitar por meio da música a troca de ideias, emoções e sentimentos entre paciente e terapeuta, para que este possa conhecer e entender seu objeto de estudo", diz a especialista.

A resposta do paciente ao tratamento, dependendo do caso, é quase que imediata. É que a música não precisa de ser interpretada, como é o caso da pintura e da escultura, onde as imagens são captadas da própria natureza.

O tratamento terá de ser realizado por um profissional licenciado em musicoterapia. A musicoterapia não é uma terapia alternativa como muitos pensam. É uma intervenção terapêutica não-verbal, cujo objeto formal de estudo é o comportamento sonoro do indivíduo.

As sessões podem ser individuais ou em grupo, uma ou duas vezes por semana. Tudo irá depender do objetivo proposto para o processo terapêutico.

Na entrevista inicial, o musicoterapeuta obtém informações para o tratamento sobre "a história sonora" do paciente e a "queixa principal". Na segunda etapa serão colhidos dados sobre o mundo sonoro-musical do indivíduo, desde a sua vida intra-uterina, as suas preferências e recusas sonoras e musicais.

Na terceira etapa, o musicoterapeuta colhe dados da manifestação sonoro-musical. O paciente irá tocar ou manipular o instrumento como desejar.

Serão também avaliadas as capacidades e habilidades corporais, motoras e cognitivas do paciente antes de concluir o diagnóstico inicial. A musicoterapia trabalha interagindo com diversos profissionais
como psicólogos, fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogos, entre outros.

O tratamento pode ser feito com gestantes, bebês, crianças, adolescentes, adultos e 3ª idade. Cada tratamento será único, ou seja, o tempo de tratamento só irá depender do retorno que o paciente der ao musicoterapeuta nas sessões. O especialista não está autorizado nem habilitado para medicar. Se o paciente tiver que fazer uso de medicação deverá ser receitado pelo seu médico.

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